Hospital de Sta. Maria garante "grande rigor e transparência"
O Diário de Notícias escreve hoje em manchete que o hospital escondeu sete milhões de euros relativos a obras e medicamentos, dizendo que o montante não foi contabilizado nos resultados financeiros.
Numa conferência de imprensa para reagir à notícia, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN), Correia da Cunha, considerou de "enorme gravidade" a notícia, acrescentando que pode criar um clima de instabilidade e desconfiança em relação à instituição.
Correia da Cunha frisou que a gestão hospitalar tem sido feita com critérios "de grande rigor e transparência" e que os actos de gestão estão sempre abertos a ser auditados e avaliados.
"Reconhecemos as dificuldades financeiras por que passa a instituição. Mas em nenhum momento foram utilizados procedimentos não conformes com as boas práticas contabilísticas e de gestão", assegurou o responsável.
Segundo a administração, no final de 2010 o Centro Hospitalar apresentava capitais próprios de 202 milhões de euros, o que é entendido pelos gestores como uma demonstração da "sustentabilidade económico-financeira", contrariando a ideia de falência técnica.
Correia da Cunha insiste que a administração ignora por completo a base da notícia do jornal, vincando que há mecanismos externos e internos de controlo: "Não há nada a ocultar".
Sobre o facto de já não existirem os 133 milhões de capital social do CHLN, o conselho de administração explica que o dinheiro tem sido aplicado na melhoria do parque tecnológico e nas infraestruturas, tal como está previsto.
Ainda referindo-se a valores do ano passado, o Centro Hospitalar reporta uma dívida de 340 milhões de euros aos fornecedores, mas diz ter dívidas de clientes de 230 milhões de euros.